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Este site tem como objetivo o resgate histórico daqueles que fizeram a história da Arte  e da Arquitetura do Rio Grande do Sul.

 

 

DA FORMAÇÃO DO ARQUITETO E ARTISTA PLÁSTICO

 

A Faculdade de Arquitetura [da UFRGS] foi fundada em 1952, era 1953. Existiam os cursos de arquitetura na Faculdade de Engenharia e no Instituto de Belas Artes da UFRGS. Era normal existir cursos para entrar na faculdade de arquitetura e eram cursos de modelo vivo para preparar para a prova de admissão no Instituto de Belas Artes. O prédio da faculdade de Arquitetura foi construído e inaugurado em 1957 enquanto  varias turmas cursavam a faculdade inaugurada em 1952.

 

DA EFERVECÊNCIA CULTURAL

 

Como não existia a faculdade de arquitetura, quem fazia os projetos eram principalmente os engenheiros. Em Porto Alegre, Isso foi mais ou menos na década de 1950, começaram a surgir prédios mais altos, que antes eram restritos ao Centro. Fora do Centro, praticamente eram só residências, existiam poucas construções com mais de três pavimentos. Naquela época, ainda em 1950, Porto Alegre era uma cidade calma. Para se ter uma ideia, na questão de segurança pública, o que existia em termos de assalto e violência eram os batedores de carteira, que andavam nos bondes. Tinha uma área de prostituição frente da Viação Férrea. Era uma zona só relativamente violenta à noite, porque tinha os bares frequentados pelas prostitutas e os “guardas” da zona, o pessoal bebia, então, dava muita briga à noite. Todas as semanas estavam reunidos em um grupo de estudantes que tinham afinidade, e nem éram das mesmas turmas. Eram mais ou menos cinco arquitetos: o Arnaldo Knijnik, o Iveton Porto Torres, o José Carlos Pereira da Rosa, o Luiz Carlos da Silva Zubaran e o David leo Bondar. Era praticamente uma irmandade e à medida que a gente foi casando, continuamos tendo as famílias próximas, e era como se todos fossem tios das crianças que nasciam.

 

Existiam muito poucos arquitetos que eram profissionais na área, mas o grupo já ía tentar trabalhar com eles. Fazíam desenhos. Quando estávam no terceiro para o quarto ano, alugaram uma sala, e foram em sete colegas que faziam trabalho para os arquitetos. Dois saíram depois também sairam o Arnaldo, o Zubaran e o Cruchin. O Iveton Porto Torres foi para São Borja, não ficaram mais em sociedade, mas tínham trabalhos em comum. Quando começamos, como estudantes, tínham uma sala no edifício Amazonas, naquela rua em frente ao Edifício Vera Cruz, a Andrade Neves. Depois que nos formamos, fomos para o edificio Paineira, na Siqueira Campos. Apos alugaram uma sala grande em um edifício da Rua Otávio Rocha, quase esquina com Vigário José Inácio. Saíram dali e fomos de dois em dois para o mesmo edifício na Andrade Neves. Então foi o advento do edifício do IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) e quando o IAB foi construído os amigos foram para lá. Mas aquele grupo sempre passou quase todo tempo assim, estavam sempre juntos. Os arquitetos das primeiras turmas foram trabalhar no setor público. Davi Leo Bondar foi trabalhar no setor público em 1960, o Iveton Poro Torres o levou para lá junto com o Luiz Carlos da Silva Zubaran. Fizemos alguns projetos e, em geral, os projetos foram construídos em Canela e eram projetos de praças com bancas de turismo.